Desde abril deste ano, através de convênio firmado entre o Clube Ninho das Águias e Prefeitura, turistas pagam R$ 5 para ter acesso a um dos pontos turísticos mais visitado de Nova Petrópolis. Até o domingo, 2 de outubro, foram arrecadados R$ 169.150, com o total de 33.830 pagantes. No final de semana do último sábado e domingo, foram registrados 1.509 turistas. A média de público pagante por ano é de 66 mil. O total é de 100 mil pessoas por ano. A projeção de arrecadação até dezembro deste ano é de R$ 250 mil. Com o valor está sendo possível investir na qualidade da infraestrutura do local. Novos banheiros já estão em uso e um mirante está em construção. As rampas de voo receberam reformas e a rede elétrica do Ninho das Águias agora é subterrânea, sem fios aéreos. Para tornar o lugar ainda mais belo, uma atenção especial para a jardinagem do espaço natural. Novos canteiros com flores fazem parte da paisagem.
Obras de infraestrutura
Além de distante do espaço de reunião das pessoas, que, geralmente, ficam próximas às rampas de voo, os banheiros do Ninho das Águias estavam em condições já inadequadas. Por isso, novos começaram a ser construídos em 8 de junho. Segundo vice-presidente do Clube Ninho das Águias, Marcel Marsilac, eles estão em fase final de conclusão, mas já em uso há três finais de semana. São um feminino, com fraldário, um masculino e um com acessibilidade. O total deste investimento é de R$ 66 mil. O banheiro antigo continua funcionando, mas a intenção é de fechá-lo, futuramente, para reparos e deixá-lo em melhores condições.
A segunda parte das obras dos banheiros é o mirante, que também terá acessibilidade e será cercado. A previsão é de que daqui a cerca de duas semanas ele estará pronto. Essa etapa vai custar o total de R$ 30.858.
A segurança também está prevista nas obras de infraestrutura e faz parte da terceira etapa de obras na área dos banheiros. Será construída uma sala de segurança e monitoramento. “A gente precisa de uma segurança lá no Ninho das Águias à noite. Não será uma segurança coercitiva, mas uma vigilância. Teremos equipamentos de autofalante fora da sala. Qualquer problema, se um carro entrou no gramado, o vigilante vai acionar o autofalante e alertar que não é possível ficar ali. E se insistirem, o vigia não vai enfrentar, ele vai chamar a Brigada. Estamos nos espelhando, inclusive, na sala de monitoramento da Brigada Militar”, explica Marcel. Esta etapa ainda está sendo orçada, com três empresas diferentes, mas o vice-presidente estima que custará em torno de R$ 24 mil. Iniciada a obra, a previsão de finalizar é de um mês.
Além dos banheiros, houve a reforma das duas rampas de voo(norte e oeste), junto com o gramado principal. Segundo Marcel, elas ficaram mais seguras para a decolagem dos pilotos, já que foram retirados os degraus que existiam entre a rampa de concreto e a grama. “Essas rampas foram feitas em 1988 e não passaram por reforma desde então. O sistema elétrico do Ninho das Águias agora é subterrâneo”, lembra.
A rede elétrica do lugar também foi modificada. Agora, ela é subterrânea. “Já retiramos quatro, vamos retirar mais dois postes de madeira. A rede já está feita. Tem um poste novo de concreto, dentro dos padrões exigidos pela RGE. A rede interna do Ninho das Águias não tem nenhum metro de fio pelo ar mais, é tudo subterrânea”, ressalta. Os fios que ainda estão presentes são da rede externa. As reformas elétricas vão custar em torno de R$ 10 mil.
Indefinição sobre cobrança
O convênio firmado entre o Clube Ninho das Águias e Prefeitura, em abril deste ano, é válido até o final de dezembro, mas não há, ainda, o conhecimento sobre como será a partir de 2017. “O departamento Jurídico do Executivo está elaborando um projeto, que vai entrar na Câmara de Vereadores. Ele que tem que dizer de que forma vai encaminhar. Agora, estou esperando ansiosamente que o Executivo encaminhe um projeto de lei para ver como vai ser nos próximos anos. Estamos mostrando, sim, que somos capacitados para fazer. O meu pedido é que esse projeto já deveria estar na Câmara”, argumenta Marcel.
Marcel acredita que o valor do ingresso não precisa ser aumentado. Os atuais R$ 5 são o suficiente para manter as atividades e obras do espaço. Ele lembra que o público pagante não inclui pessoas da cidade, menores de 10 anos, maiores de 60 anos e sócios de clubes de voo livre em dia.
Segundo a Secretaria de Turismo, a intenção é continuar com a cobrança de ingresso, mas não se tem definição oficial. Departamento Jurídico e Turismo estão tratando sobre a questão.