O governo interino de Michel Temer mexeu na estrutura da União. Uma das medidas, a redução de ministérios, excluiu a cultura das pastas ministeriais. A extinção causou indignação dos segmentos culturais pelo Brasil, inclusive em Nova Petrópolis. Para a presidente do Conselho de Políticas Públicas Culturais, Luciane Schommer, a notícia é uma lástima e um retrocesso para o país. “Cultura não pode ser vista como algo supérfluo. Nova Petrópolis é o exemplo disso. Independente dos partidos, temos alguns apoios na área cultural que se mantêm. E foi uma conquista do Brasil ter um Ministério da Cultura, porque não é somente a questão de ter um status, mas é o recurso que é destinado e os tipos de programas que se desdobram a partir disso. Acho, sim, que temos que avaliar o enxugamento da máquina, mas não é cortando recursos para esse setor”, analisa.
O primeiro impacto sentido em nível local é a extinção consequente da Regional Sul do Minc. O escritório representava os três estados do Sul e era o contato direto de Nova Petrópolis, principalmente para tratar sobre os trâmites do Espaço Mais Cultura. Luciane acredita que é uma questão de dias para que o escritório seja fechado, já que não há mais um ministério específico e a diretora, Margarete Moraes, “por uma opção clara e política em não compactuar com este momento que o Brasil está vivendo”, exonerou-se.
Segundo o diretor municipal de Cultura, Ederson Santos, a extinção do ministério vai prejudicar Nova Petrópolis, apesar da gestão própria que será empregada no Espaço Mais Cultura. “O Ministério da Cultura deveria ser um dos principais, porque interfere em tudo em uma nação. A cada Espaço Mais Cultura aberto, pode ter certeza que economizamos com um presídio. Parece que falta essa visão aos nossos governantes”, observa.
Agora, a preocupação de Luciane, e de todos os agentes culturais do Brasil, é em saber como serão as parcerias com o Governo Federal daqui para frente.