As bancadas do PP e do PMDB apresentaram um pedido de informação, na sessão ordinária de quinta-feira, 16 de junho, que rendeu uma troca de farpas com o PSDB, partido de oposição. Os vereadores progressistas Oraci de Freitas e Simplício Romeo Schwantes e os peemedebistas Simone Elisa Michaelsen Hafner e Daniel Carlos Michaelsen querem saber todas as informações sobre o possível pagamento de duplicidade da sonorização e iluminação do Natal em Cores 2012, conforme está sendo apurado pelo processo de sindicância nº 06/2015.
“Onde há fumaça, pode existir fogo”, falou Oraci de Freitas na tribuna. Na oposição, Jorge Lüdke (PSDB), alegou que essa “é a segunda artimanha que a situação usa para denegrir um candidato”. Oraci respondeu dizendo que ninguém está denegrindo a imagem de ninguém, apenas está fazendo o seu trabalho de fiscalizar as ações do Poder Executivo. “Estamos falando em dinheiro público. Acho que é a função de cada vereador fiscalizar. Não podemos deixar a coisa suja debaixo do tapete”, argumentou.
Adelar Hansen (PSDB) seguiu a troca de respostas e questionou o momento em que o pedido foi feito. “Isso não é menos do que um ato político. Foi em 2012, estamos em 2016. Entraram recentemente com a sindicância. Por que não entraram antes?”, indagou.
O PDT ficou a posição mais amena. Jerônimo Stahl Pinto defendeu o pedido de informação e ressaltou que “não podemos tapar os olhos para uma sindicância que é aberta”. O presidente do Legislativo, Charles Eloir Luedke Paetzinger, reforçou que “precisamos nos envolver em tudo que diz respeito ao Executivo. Cabe ao vereador fiscalizar e ninguém pode acusar ninguém sem provas. A nossa comunidade e a sociedade brasileira esperam de nós, legisladores, transparência nos atos feitos dentro da esfera pública”.
Simone Michaelsen Hafner lembrou que o ano é político, polêmico, mas o pedido não tem a intenção de denegrir a imagem de ninguém. “Se tem alguma coisa errada ela tem que ser esclarecida. A nossa comunidade quer saber quem é corrupto, onde está o dinheiro público. Não podemos dizer aqui que um partido é bom. Não podemos dizer não para um pedido de informação. Roubou tem que devolver. E se a gente achar alguma coisa errada vai ter que ser dito”, defendeu. Lüdke deixou claro que não é contra o pedido, que tem que ser visto e esclarecido.