Olimpíada de 2020 vai ajudar a diminuir o preconceito e aumentar a valorização sobre o skate?

Foto: Alessandro Wedig | Skatistas estão regularizando associação para buscar investimentos

Em Nova Petrópolis, a Associação dos Skatistas estima que existam cerca de 50 praticantes de skate. A partir da Olimpíada de Tóquio, em 2020, o esporte estará oficialmente entre os olímpicos. Mas será que isso vai ajudar a desmistificar o preconceito que ainda existe com os praticantes? O skate nasceu nas ruas e continua nelas até os dias de hoje. A modalidade street é a arte de andar nas ruas, mas a sua prática não é totalmente livre na cidade. Existe uma lei, de 2005, sancionada pelo ex-prefeito Luiz Irineu Schenkel, que proíbe o uso de skate em praças municipais e passeios públicos. O preconceito com o grupo que se junta no Skate Park para voar sobre uma prancha com dois eixos é outro fator limitante para evolução do esporte na cidade. Mesmo com um lugar estruturado para a prática, não há competições, são poucos eventos e falta verba. “Pequeno ele é. Ele não é fraco. É forte”, define o futuro vice-presidente da Associação dos Skatistas, Guilherme Matte, sobre o esporte.

A galera da associação acredita que o skate chegar até a Olimpíada será um importante passo para conquistar mais adeptos e a valorização da sociedade em geral.“Sendo esporte olímpico, agora, vai crescer, com certeza. E eu acho que as pessoas vão começar a valorizar mais, porque ainda existe o tal do preconceito para cima do skate”, avalia Girino. Mesmo com as limitações, a galera do skate utiliza a prancha para se deslocar na cidade, para ir até a pista, por exemplo. “Só estamos querendo colocar o nosso lado. Realmente, o preconceito, essa pressão é bem forte”, afirma Guilherme.

Os guris buscam um caminho para chegar mais perto do Poder Público, adequar a associação à legislação para que seja possível firmar parcerias. “A gente está tentando buscar alguma verba federal. É por isso que estamos renovando e colocando a gurizada que tem umas ideias novas, porque precisamos de reforma da pista. De repente, mudar algum obstáculo, que não ficou legal”, ressalta o presidente da associação, Giovani Antunes dos Reis, o Girino.