OASE diz Não à proposta da prefeitura em torná-la Organização Social e deixa vereador irritado

Tramita na Câmara de Vereadores de Nova Petrópolis, desde 18 de outubro de 2018, um projeto de lei encaminhado pelo Executivo Municipal que pretende qualificar entidades sem fins lucrativos como Organizações Sociais. A Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas de Nova Petrópolis – OASE, mantenedora do Hospital Nova Petrópolis, é uma entidade sem fins lucrativos e, em reunião entre as membras, não aceitou a mudança, proposta pelo Executivo Municipal. A resposta foi dada aos vereadores sob a forma de um ofício, enviado à Câmara, no dia 29 de março. No documento, assinando pela presidente da OASE, Erica Zang Michaelsen, é informado que no dia 27 de março, na assembleia geral da entidade, durante a votação para transformar a OASE em uma Organização Social, “obteve-se um massivo NÃO (escrito em letras maiúsculas e destacado em negrito no ofício)”. O vereador Jerônimo Sthal Pinto (PDT), na tribuna da Câmara de Vereadores, demonstrou certa irritação com a resposta negativa da OASE. “Foi muito pesado este ofício do Hospital Nova Petrópolis”, disse.

Conforme o ofício da OASE, o resultado da votação se deve, muito, pela falta de esclarecimentos por parte do Setor Público sobre quais as vantagens que advirão desta transformação e quais os motivos para não manter-se o formato atual, que é o desejo da OASE, enquanto gestora do Hospital. “Eu só quero dizer o seguinte, quando falam em vantagens, eu achei que o hospital era para salvar vidas!”, protestou Jerônimo, depois de dizer que iria se manifestar “pisando em ovos” para não ofender ninguém. “Quando se usa o termo ‘vantagens’ soa mais uma entidade privada”, deduziu, criticando também o fato de a reposta negativa ter sido dada  “em letras garrafais”. Jerônimo, que em 2018 era líder de governo na Câmara, discorreu sobre as reuniões com a OASE que houve desde que o projeto começou a tramitar na Casa, garantindo que todas as dúvidas foram sanadas e que, inclusive, foram feitas alterações no projeto, com sugestões do departamento jurídico do Hospital. “O prefeito encaminhou projeto por orientação da 5ª Coordenadoria (de Saúde)”, alegou, acrescentando que numa contratualização com uma Organização Social, o Município terá uma corresponsalização maior das ações, sem, contudo, assumir a gestão. Conforme o projeto, o Município poderá cederum servidor público para a Organização Social. “Quem vai administrar o hospital não vai ser o Município”, garantiu o vereador, que sugeriu uma reunião urgente com a OASE, para tratar da questão.