Na primeira entrevista de uma série com os 11 vereadores eleitos, feita pelo jornalista e diretor da rádio Inova, Sóstenes da Silva, para o programa Prato Predileto, para a gestão de 2017/2020, Jerônimo Stahl Pinto (PDT), reeleito para o terceiro mandato, fala do seu trabalho e analisa a sua votação, que quase dobrou. O parlamentar recebeu 615 votos e foi o segundo mais votado. Na primeira eleição, ele recebeu 351 e, na segunda, 382. “Um deles e mais forte acredito que seja a coligação – já sabia da força do PP, principalmente no interior, com o pessoal mais conservador -, de estar coligado com um prefeito bastante popular, de eu ter feito um trabalho bastante forte na Câmara de Vereadores, de ser mais conhecido e estar concorrendo pela terceira vez”, ressalta o vereador, sobre os fatores que acredita terem contribuído para a sua terceira eleição.
Conforme Jerônimo, nas atividades parlamentares, ele tenta propor indicações inteligentes e atuais, temas que se tornam leis federais e que ele tenta aplicar no município, como a extensão da licença paternidade e parcelamento de débitos tributários. “Indiquei o chimarródromo, fui atrás da empresa parceira para doar o equipamento; a lei da padronização dos táxis; lei antibullying; a lei que não permite usar capacetes em órgãos públicos e privados”, cita o vereador sobre as suas proposições. Por ser advogado, ele acredita que consegue ter um olhar técnico sobre os projetos e fazer emendas, quando necessário.
Para os próximos quatro anos, o pedetista projeta trabalhar fortemente em várias áreas, como educação e saúde, mas ele destaca que não tem o foco em um setor, apenas, e, sim, no conjunto. “Foi uma surpresa muito grata ter recebido essa votação. Eu trabalhei pra isso, mas nunca fui iludido. Estando eleito, eu já estava satisfeito, porque gosto de ser vereador. Quero estar mais presente e atuante junto às comunidades. Eu fiz uma votação bem forte no interior. Outra meta é buscar emenda parlamentar. Sei que os nossos deputados têm condições pra isso, para asfaltamento de rua, para ajudar na educação, na saúde”, comenta.
Relação PP e PDT
Antes oposição, o PDT coligou-se ao PP para formar uma chapa à majoritária. Jerônimo destaca que, oposição ou situação, os vereadores pedetistas sempre tiveram como foco o trabalho em prol da população. Jerônimo ainda adianta que na próxima eleição quer concorrer a um cargo na majoritária. “O PDT tem uma relação com o PP de longa data. Ela só se afastou momentaneamente. O Charles é o candidato natural do partido, mas isso não fecha as portas para os demais filiados, como eu, que sou vereador, assim como o recém-eleito Cláudio Gottschalk. Não estou dizendo que o partido poderá ter uma chapa pura, mas é melhor ter dois, três ou mais candidatos brigando por uma vaga, do que ter um partido que não tem expressão indicando um candidato a prefeito”, reflete.
Jerônimo adianta que não haverá secretaria de um partido só, mas uma mescla, com secretário e secretário-adjunto de PP e PDT. “O nosso trabalho forte na Câmara de Vereadores atrai, sim, a cobrança da sociedade. Mas, ao mesmo tempo, nós estamos preparados para absorver essas cobranças. O Charles já tem a experiência de ter trabalhado na Secretaria de Obras e ele está preparado para atuar em uma secretaria”, avalia. Aliás, há uma mescla, também, na renovação das cadeiras do Legislativo, que, para Jerônimo, é perfeita, com vereadores experientes e outros completamente novos na política.