
Foto: Gesiele Lordes
Usuários e professores da Associação de Pais e Amigos com Deficiência Visual (Apadev) de Caxias do Sul estão em Nova Petrópolis nesta quinta-feira, dia 12 de novembro. Pela manhã eles visitaram o Parque Aldeia do Imigrante, onde almoçaram, e depois seguiram para o parque Pedras do Silêncio.
Segundo a coordenadora da entidade, Marisa Cadorin Marques, anualmente é realizado um passeio de integração. Para que os alunos possam entender e aproveitar melhor os locais, eles levam um familiar ou amigo que posso lhes guiar. “É para que eles se acostumem com coisas que nós (pessoas que enxergam) fazemos”, diz.
Além de participarem de atividades de recreação e ensino, há frequentadores que encontraram na Apadev outros motivos para serem felizes. É o caso de Pedro Fogaça Tenotti, de 59 anos, e Angelis Marisse Reis, que se conheceram na entidade e se tornaram namorados. Ela enxerga parcialmente com o olho esquerdo e ele acabou ficando cego por um erro médico.
Há quatro anos, um machucado causado por um prego na perna esquerda causou tétano e ele teve que amputá-la. Durante a cirurgia, ele recebeu soro glicosado e, como tem diabetes, acabou desenvolvendo glaucoma e perdendo totalmente a visão.
Foi na Apadev que ele conseguiu apoio para superar essa fase difícil. “No início foi complicado, tive depressão. Se não fosse pela Apadeveu não estava mais aqui. Hoje quando chega alguém triste a gente já passa ânimo, tenta distrair”, conta.