Há 11 dias os bancários estão em greve, desde o dia 5 de setembro. A categoria reivindica, principalmente, reajuste salarial, piso, melhorias nas condições de trabalho e novos concursos públicos. Em Nova Petrópolis, apenas a Caixa Econômica Federal está paralisada. Segundo a gerente da agência, Vera Teixeira, uma servidora está auxiliando os usuários no autoatendimento, nos caixas eletrônicos; o serviço interno está parado. A Caixa aderiu ao movimento ontem, quinta-feira, 15 de setembro.
Diferente da Caixa, o Bradesco e o Banco do Brasil não aderiram à paralisação dos serviços. Os dois estão com atendimento normal. Porém, o Bradesco não descarta aderir ao movimento, caso haja uma determinação superior.
Conforme Vera, quem precisa de urgência no atendimento pode procurar a Caixa para tentar solucionar a questão no autoatendimento. Saques, depósitos e pagamentos podem ser efetuados nos caixas eletrônicas e nas casas lotéricas. Ela disse que não há prazo para que haja um acordo. Portanto, não há data para que o serviço volte ao normal. A gerente destaca que em Nova Petrópolis a agência precisa de, pelo menos, mais dois servidores, para preencher as vagas de funcionários que saíram.
Negociação
Sem uma nova proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban), os bancários decidiram continuar em greve nesta sexta-feira, 16 de setembro. Na oitava rodada de negociação, feita ontem, os bancos mantiveram a mesma proposta apresentada no dia 9: reajuste de 7% nos salários e benefícios e abono de R$ 3,3 mil, a ser pago dez dias após a assinatura do acordo.
Principais reivindicações
– Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real
– Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último)
– Vale-alimentação no valor de R$ 880 ao mês (valor do salário mínimo)
– 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880 ao mês
– Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários
– Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários
– Auxílio-educação para pagamento de graduação e pós
– Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários
– Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs)