Congestionamento na 15 de Novembro reabre discussão sobre perimetral

Foto: Sóstenes da Silva | Executivo diz que perimetral é inviável, pois custaria entre R$ 20 e 40 milhões

Toda obra tem o propósito de melhorar a vida das pessoas. Esse também é o objetivo do trabalho de recuperação da RS-235. Porém, o transtorno gerado no trânsito, que é momentâneo, reabre uma discussão: a possibilidade de construção de uma perimetral ou, pelo menos, a interligação do Centro com os bairros, através de uma via alternativa à RS-235, para que os motoristas não fiquem reféns desta única ligação. No final da tarde de terça-feira, 8 de novembro, por volta das 18h, horário de pico, o trânsito parou na avenida 15 de Novembro, direção centro/bairro Pousada da Neve, por causa das obras na via. Funcionários da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) orientavam a passagem dos veículos. Segundo relatos de motoristas, o tempo de deslocamento entre o centro e a empresa Dakota, no bairro Piá, foi de 45 minutos até uma hora, quando, normalmente, não chega a 10 minutos. Ficou difícil sair do trabalho e chegar em casa no horário de sempre. Até uma ambulância teve dificuldade para passar.

Somando o fluxo normal e o final do expediente, centenas de carros formaram um congestionamento, que, perto das 19h, prolongava-se da Dakota, onde estava sendo realizado o trabalho de recapeamento da rodovia, até a rótula defronte à Rua Coberta. Ali, uma ambulância que transitava no sentido Caxias do Sul-Gramado, teve que pedir apoio à Brigada Militar, pois o trânsito estava literalmente parado, e, mesmo que alguns motoristas tenham invadido os canteiros de flores para dar passagem, o veículo de transporte de paciente não conseguiu seguir. Dois policiais foram deslocados e conduziram a ambulância até a pista contrária e o veículo se deslocou pela contramão, única via de acesso entre o centro e os bairros Piá, Vale Verde e Pousada da Neve, até a RS-235.

Executivo diz que perimetral é inviável

Mas como o Executivo pode auxiliar para que, em situações como essa, não haja tanto transtorno? “A Secretaria de Planejamento trabalhou sobre a viabilidade de uma perimetral e concluiu que tal projeto teria custo na ordem de R$ 20 a 40 milhões. Uma obra inviável aos cofres públicos municipais”, explica a Secretaria de Planejamento, que ainda considera que uma perimetral poderia prejudicar o comércio da avenida 15 de Novembro.

Está previsto no Plano de Governo do prefeito reeleito, Regis Luiz Hahn, e vice eleito, Charles Paetzinger, uma via alternativa de acesso à BR-116, a partir da rótula da avenida 3 de Maio, passando pela avenida Padre Affonso Theobald e chegando à BR-116 em direção a Caxias do Sul. Mas no outro trecho da Avenida, não há previsão de solução para este gargalo.