Há 27 anos, o pastor, da Igreja Evangélica do Cristianismo Decidido, Elton Rein, 54 anos, e a professora de música Mônica Rein, 52 anos, estão casados. Da união, nasceram as filhas Juliane, de 24, e Débora, de 21. O relacionamento já dura 33 anos, contando com quatro de namoro e um de noivado. Depois de mais de três décadas, eles acreditam que o casamento vale a pena. O Dia dos Namorados é mais uma data para que o casal comemore a vida a dois, porque, para eles, o casamento é um eterno namoro. Enquanto a tecnologia torna-se a ferramenta que mais aproxima as pessoas, eles são exemplo de que ainda é possível conservar o matrimônio, no papel e na igreja.
Com tantos anos de convivência, qual seria o segredo da longevidade do casal? Para Mônica, o começo da relação é a base. “Acho que a maioria das pessoas cria um castelo de sonhos e não tem um preparo para a realidade do que é o casamento. E isso tem a ver com não ser tão apressado, conhecer bem a pessoa”, analisa. A tecnologia é sinônimo de desenvolvimento em vários setores, mas parece que na área amorosa mais atrapalha do que ajuda. O pastor observa que nas redes sociais, nem sempre, há transparência suficiente. “Para conquistar o outro, a pessoa, muitas vezes, já começa inventando e criando coisas. Na prática, macho que é macho conquista a mesma todo dia e não todas ao mesmo tempo”, observa.
Não pense que este casal não passou por crises. Sim, passaram, mas o diálogo e o consenso predominaram. “O nosso relacionamento está dando certo porque adotamos princípios bíblicos e de vida. Isso não tem nada a ver com uma igreja ou outra”, avalia o pastor. Eles preservam muito o convívio, reservar um tempo para se curtirem, mas isso não quer dizer que não há espaço para a individualidade. “Nós temos um objetivo de trabalhar para nos realizar, mas, ao mesmo tempo, ajudar nossos filhos. Eu não posso usar ele de bengala para eu ser feliz, e ele também não. Claro que eu vou dar alegria para ele e ele a mim, mas ele não é toda a minha alegria”, comentam. Em resumo, são eternos namorados e assim se consideram muito mais do que muitos casais que apenas namoram. “Gostaria que os pais não deixassem de passar aos filhos os conceitos de família. Ninguém é perfeito, mas isso é importante e tem tudo a ver com relacionamentos duradouros. O casamento ainda funciona, viu, e vale a pena”, aconselha Mônica, quando Elton complementa: “nós não desistimos”.