
Márcio Kiekow foi baleado dentro de casa / Foto: Reprodução
A pergunta, cuja resposta os pais buscam inconformados, é a mesma feita por um dos assaltantes ao comparsa que atirou contra Márcio Kickow, 20, na madrugada deste sábado, durante o assaltado à casa de sua família, em 13 Colônias.
Abalados com a tragédia, eles tentam compreender por que o filho foi morto à queima roupa. Conforme contou à reportagem, Ilário, ao abrir a porta pensando que fosse o filho que havia batido ao chegar do trabalho, se deparou com os assaltantes.
“Eles foram logo me agredindo e perguntando: ‘onde está o dinheiro, onde está o dinheiro?’”. O agricultor foi levado pelos encapuzados para o seu quarto e naquele instante ouviu o estampido de um disparo de arma de fogo. Numa distração dos assaltantes, conseguiu se soltar e correu em direção a uma porta, por onde fugiu e chamou por socorro. Mas, antes, ainda teve que pular sobre o corpo do filho, caído no interior da casa. “Naquele momento, eu não pensei que ele estivesse morto”, disse.
“Por que você atirou no rapaz? Por que você o matou?”. Foi o que a mãe de Márcio ouviu de um dos assaltantes, que repreendia o atirador. Nem ela nem o marido viram o filho ser alvejado no ombro; mas acreditam que ele tenha saído do quarto onde dormia assustado com a invasão da casa e o assaltante que o baleou também tenha se surpreendido com a presença do jovem.
Márcio Kickow, que trabalhava em um café na cidade de Nova Petrópolis, chegou tarde da noite em casa e foi dormir, sem que os pais percebem. Por isso, ao ouvir batidas na porta da casa, o pai levantou e abriu, acreditando que fosse o filho.
Ainda hoje, após a liberação do corpo pelo Departamento Médico Legal, de Caxias do Sul, acontecerá o velório na Paróquia Evangélica Cristo, de 13 Colônias. O sepultamento será às 17h deste domingo, no cemitério da comunidade.