Sicredi Pioneira apresenta crescimento em 2016 e projeta cenário econômico que vai “parar de piorar”

Foto: Lauren Krause | Existem 39 agências espalhadas pelas 21 cidades da região de abrangência da Sicredi Pioneira, 16 na Regional Serra e 22 na Regional Sinos

A Cooperativa Sicredi Pioneira reuniu a imprensa, representantes de entidades de classe e autoridades municipais da região, na manhã desta terça-feira, 14 de março, para falar sobre números de 2016 e projetar um cenário econômico para 2017. A grande notícia, anunciada pelo diretor executivo Solon Stapassola Stahl, é de que “vai parar de piorar”. Ou seja, a economia dá sinais de que está estabilizando os índices negativos, deixando a recessão de lado, com a volta de investimentos, mas ainda não deve apresentar crescimento. Mesmo apresentando uma pequena melhora, há riscos de que haja, novamente, a decaída, em função, principalmente, da instabilidade política. Mas a cooperativa, por outro lado, comemora bons resultados. Em 2016, os recursos totais representaram um crescimento de 22%.

O presidente da cooperativa, Márcio Port, lembrou que neste ano a Sicredi Pioneira completa 115 anos, em 28 de dezembro, e faz parte de uma lista pequena, de 34 empresas gaúchas, centenárias em atividade.

Cenário econômico

Em resumo, neste ano, a grande notícia é que a economia “para de piorar”, mas ainda há riscos de curto prazo. Outra informação boa é que depois de oito semestres de queda no PIB, o primeiro trimestre de 2017 deve ser positivo, em função do crescimento da safra de grãos. No Natal deste ano, a previsão é de que as vendas do varejo, principalmente, tenham melhor desempenho do que em 2016. Mas os investimentos produtivos devem ser retomados com mais força só em 2018 e, então, o crescimento virá.

Mas esse cenário otimista só se confirmará se os riscos não influenciarem. O diretor executivo da cooperativa, Solon Stapassola Stahl, considera como risco principal a instabilidade política do Brasil, com a discussão de reformas, como a da Previdência, e a operação Lava-Jato. No exterior, a política protecionista do presidente americano Donald Trump também pode atrapalhar o desempenho por aqui. Se não seguir a parceria dos Estados Unidos com a China, por exemplo, o Brasil será afetado, pois é para China que muitos commodities, como grãos e minérios de ferro, do Brasil vão. “A retomada será muito lenta. Só vamos ver resultados lá em 2018. No Brasil, as coisas dependem muito do humor da política”, completou Solon.