Depois de um dia inteiro de julgamento, por um júri popular de sete pessoas, os irmãos Lauri e Jair Wasmuth, de Picada Café, foram condenados a 15 anos e 17 anos, respectivamente, de prisão em regime inicial fechado. Somando, são 32 anos de prisão. Segundo o juiz Franklin de Oliveira Netto, que deu a sentença no início da noite desta quinta-feira, 9 de março, não há possibilidade de recorrer em liberdade. O julgamento aconteceu no Fórum da Comarca de Nova Petrópolis.
Jair Wasmuth foi condenado a 16 anos pelo crime de homicídio qualificado, por ter atirado na vítima, Marcos de Oliveira. O juiz considerou na sentença o qualificador motivo torpe, por Jair ter ajudado o seu irmão, Lauri, a se vingar de Marcos, que teria agredido a esposa de Lauri. Soma-se à sentença, um ano de prisão pela posse ilegal de arma de fogo, que utilizou para matar a vítima. Lauri foi condenado a 15 anos de reclusão por ter motivado o crime.
Os irmãos foram encaminhados imediatamente ao sistema prisional.
O crime
O fato aconteceu no dia 18 de abril, em um bar, próximo à Presidente Lucena, depois de um churrasco onde estavam Lauri, Jair e Marcos. Ocorreu um desentendimento entre Lauri e Marcos em um Bolão, porque Marcos teria forçado a esposa de Lauri a tomar cerveja e teria a agredido com uma cadeira. Para tirar satisfação, Lauri e Jair, segundo a denúncia do Ministério Público, foram até um segundo bar, cerca de uma hora depois, e encontraram Marcos. Com a briga entre Lauri e Marcos em andamento, Lauri pede para que Jair atire em Marcos. São disparados pelo menos dois tiros, segundo o laudo pericial que consta nos autos, porém ainda havia uma bala alojada na cabeça. Segundo a promotora Carla Pereira Flores Soares, podem ter sido pelo menos três tiros.
A defesa de Lauri e Jair, que foram defendidos por advogados diferentes, sustentou que Jair atirou em legítima defesa de terceiro, mas a acusação, a Promotoria, questionou, alegando que no laudo da perícia constou que Lauri não apresentava sinais de agressão, portanto não estava em situação de vida ou morte, para que fosse alegada a legítima defesa de Jair em favor do irmão.